No Café e Ciência de hoje, o GEPrEx sumariza os principais resultados obtidos pelo estudo intitulado The effect of regular aquatic exercise on blood pressure: A meta-analysis of randomized controlled trials. Prepare seu café e venha conosco nesse estudo!
TÍTULO:
The effect of regular aquatic exercise on blood pressure: A meta-analysis of randomized controlled trials
AUTORES:
Yutaka Igarashi The University of Tokyo Japão
Yoshie Nogami The University of Tokyo Japão
PERIÓDICO
European Journal of Preventive Cardiology
Fator de Impacto: 5.640
Qualis Capes da Área 21: A2
ANO; VOLUME (PARTE DO VOLUME): PÁG. INICIAL-FINAL:
2018;25(2):190-199
FUNDAMENTO:
A hipertensão é um fator de risco para doença vascular, mas estudos recentes sugeriram que a hipertensão também afeta a demência. Por outro lado, uma pressão arterial (PA) mais baixa resulta em benefícios à saúde. Neste sentido, o exercício físico é uma maneira de diminuir a pressão arterial, principalmente em indivíduos hipertensos. Diversos estudos, incluindo metanálises de ensaios clínicos randomizados, observaram efeitos benéficos do exercício regular sobre a PA, porém esses estudos foram realizados envolvendo exercícios aeróbio e de força. Por outro lado, o exercício aquático também é um tipo de exercício que tem recentemente crescido em popularidade.
PROBLEMA:
Embora o exercício aquático seja bastante utilizado no contexto da promoção da saúde, especialmente, pela sua capacidade de reabilitação ortopédica, além de servir para vários propósitos em indivíduos de todas as idades, nenhuma metanálise examinou seu efeito sobre a PA.
OBJETIVO:
Realizar uma metanálise para avaliar os efeitos do exercício aquática regular sobre a PA.
Foram pesquisadas bases de dados de literatura publicada até abril de 2017. MEDLINE, PubMed, SPORTDiscus, Cochrane e Google Scholar foram pesquisados usando termos como hipertensão, pressão arterial, exercício, terapia com exercícios, aptidão física, natação, água, exercício aquático e exercício à base de água. A literatura foi pesquisada de forma abrangente usando diferentes combinações desses termos. Além disso, também se buscou as referências listadas de artigos originais, resenhas e livros didáticos. Os critérios de inclusão para esta meta-análise foram os seguintes: os indivíduos saudáveis com idade média ≥ 20 anos, divididos aleatoriamente em dois grupos (um grupo de intervenção que realizou apenas exercícios aquáticos e um grupo controle que não realizou nenhuma outra intervenção); intervenção ≥ 4 semanas; estudos que descreveram os valores médios e desvio padrão (DP) para PA em repouso (pré e pós-intervenção). Foi realizada a análise de subgrupos para indivíduos hipertensos treinados em exercícios aeróbios (ou não) e indivíduos hipertensos que nadavam (ou não).
– Os exercícios aquáticos foram capazes de reduzir a PA sistólica em torno de 8,4 mmHg enquanto que a alteração na PA diastólica foi estimada em 3,3 mmHg.
– Quando os indivíduos hipertensos foram analisados isoladamente, também foi observado redução da PA sistólica em torno de 13,4 mmHg e da PA diastólica de ~4,6 mmHg.
– Outras formas de exercícios aquáticos além da natação foram capazes de reduzir significativamente a PA.
– A frequência cardíaca também reduziu significativamente na presença de uma PA mais baixa. Porém, o índice de massa corporal não se modificou com o treinamento aquático.
– Esses achados podem ter implicações importantes no contexto da prescrição do exercício com vistas à melhor estratégia para maximizar as reduções na PA com o treinamento físico, especialmente em indivíduos hipertensos – educadores físicos devem, portanto, considerar a preferência do aluno quanto ao exercício para fins de controle/redução da PA e adesão ao treinamento.