Fase de verificação para confirmar o ‘verdadeiro’ VO2máx em adultos aparentemente saudáveis: análise meta-analítica dos critérios adotados
- Programa de Pós-Graduação de Ciências do Exercício e do Esporte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGCEE/UERJ)
- Local: Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde (LABSAU/UERJ)
- Aluno: Victor André Balbino Costa
- Orientador: Prof. Dr. Felipe Cunha
- Dissertação de Mestrado
- Publicação: PloS One. 2021 Feb 17;16(2):e0247057
- 2018-2020
Fundamento: O teste cardiopulmonar de exercício (TCPE) é considerado método padrão-ouro para avaliação da potência aeróbia máxima expressa pelo consumo máximo de oxigênio (VO2máx). O critério primário para confirmação do “verdadeiro” VO2máx é baseado na obtenção de um platô no VO2 ao final do TCPE, ou em critérios secundários, como valores de pico para razão de troca respiratória, porcentagem da frequência cardíaca máxima predita pela idade ou concentrações de lactato sanguíneo pós-TCPE. No entanto, o platô no VO2 frequentemente não é observado. Por outro lado, a adoção dos critérios secundários pode resultar na avaliação imprecisa do VO2máx. Como procedimento alternativo para superar essas limitações, tem sido proposta a realização de uma sessão adicional de exercício após a fase incremental do TCPE, denominada “fase de verificação”. Porém, dúvidas permanecem no tocante à validade e aplicação dessa abordagem como um procedimento necessário para medida do VO2máx. O objetivo desta Dissertação de Mestrado foi investigar, por meio de meta-análise, a aplicação da fase de verificação como procedimento para confirmação do VO2máx obtido em TCPE em adultos aparentemente saudáveis. Adicionalmente, a influência de critérios adotados na fase de verificação sobre os tamanhos de efeito das diferenças vs. TCPE foram analisados. Adicionalmente, a influência de critérios adotados na fase de verificação sobre os tamanhos de efeito das diferenças vs. TCPE serão analisados.
Métodos: A revisão foi conduzida de acordo com as recomendações PRISMA, incluindo-se estudos em língua inglesa. As seguintes bases de dados foram utilizadas até 30 de janeiro de 2020: MEDLINE (através do PubMed), Web of Science, SPORTDiscus e Cochrane (através do Wiley), combinando descritores a partir do medical subjects heading (MeSH). Adicionalmente, foi realizada busca manual nas referências de estudos publicados sobre o assunto. Meta-análises foram realizadas para determinar a diferença média entre os valores mais elevados de VO2 e a frequência cardíaca nas fases incremental e de verificação. Análises de subgrupo foram usadas para avaliar possíveis fatores moderadores. O protocolo da revisão foi registrado na base International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) e aprovado sob o número CRD42019123540.
Resultados: Setenta e oito estudos atenderam aos critérios de elegibilidade (amostra total de 1.634 participantes; faixa de idade 19-68 anos). Não houve diferença entre o VO2máx vs. VO2verif [n = 52, diferença média = 0,02 (IC 95% = -0,01 a 0,06) L/min, P = 0,17]. Além disso, o VO2verif não foi afetado por sexo, nível de aptidão cardiorrespiratória, modalidade de exercício, protocolo para TCPE, e como a fase de verificação foi realizada. Porém, a maior frequência cardíaca obtida na fase de verificação foi significativamente menor do que a obtida no TCPE [n = 36, diferença média = 2,7 (95% IC = 2,0 a 3,5) L/min, P < 0,00001].
Conclusão: A fase de verificação aparenta ser um procedimento robusto para confirmar o verdadeiro VO2máx em indivíduos aparentemente saudáveis. No entanto, a utilização da frequência cardíaca como critério suplementar à confirmação do VO2máx não pode ser atualmente recomendada, até que novas investigações estabeleçam procedimentos mais robustos.
teste cardiopulmonar de exercício, consumo de oxigênio, critério, medida e avaliação, platô, aptidão cardiorrespiratória.
- Local: Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ)
- Aluna: Tainah de Paula Lima
- Orientadores: Prof. Dr. Mario Neves e Prof. Dr. Felipe Cunha
- Tese de Doutorado
- Publicação: Blood Press Monit. 2021 Jan 14.
- 2016-2019
Métodos: Foram incluídos no estudo 24 homens classificados de acordo com a monitorização ambulatorial da PA (MAPA), como normotenso [idade: 40,7±2,8 anos; PA sistólica/ diastólica de 24-h (PAS/PAD): 120,6±1,6/73,9±1,2 mmHg] ou hipertenso [idade: 39,2±2,3 anos; 24-h (PAS/ PAD): 139,3±2,6/86,4±2,1 mmHg]. Cada participante foi submetido a uma sessão controle sem exercício (CTL) e três sessões em cicloergômetro. Os protocolos de exercício aeróbio foram compostos por duas sessões isocalóricas com 300 kcal, com intensidades de 50% (moderada longa, MOD-L) e 70% (vigorosa, VIG) do consumo de oxigênio de reserva (VO2R) e uma sessão com 150 kcal à 50% do VO2R (moderada curta, MOD-C). A pressão sistólica aórtica (PSao), a pressão de pulso aórtica (PPao), o aumento de pressão (AP), o índice de incremento (AIx), a frequência cardíaca (FC) e o AIx normalizado pela FC de 75 bpm (AIx@75) foram determinados através da tonometria de aplanação 10 min antes, 30- e 70-min pós-intervenção em posição supina. A MAPA e os indicadores da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foram determinados no período diurno, noturno e durante 18 h após cada intervenção.
Resultados: Em comparação com o CTL, apenas o VIG foi capaz de reduzir significativamente as variáveis PSao [70 min (∆ -11,7 mmHg)], PPao [70 min (∆ -7,4 mmHg)], AP [30 min (∆ -5,7 mmHg); 70 min (∆ -7,3 mmHg)], AIx [30 min (∆ -15,3%); 70 min (∆ -16,4%)] e AIx@75 [30 min (∆ -12,8%); 70 min (∆: -13,9%)] no grupo hipertenso. Todas as sessões de exercício moderado mitigaram o aumento das respostas da PSao observado após o CTL nesses mesmos indivíduos. Quanto às respostas na MAPA, não foi possível observar redução da PA nos períodos diurno, noturno e de 18 h, independentemente dos protocolos de exercício e dos grupos avaliados. Porém, quando considerada somente a primeira hora após o VIG, ambos os grupos apresentaram redução da PAS [normotenso (∆ -6 mmHg); hipertenso (∆ -9 mmHg)]. Por outro lado, não foi possível observar modificações para os componentes da VFC em nenhuma das situações descritas acima.
Conclusão: Embora ambos os grupos tenham se beneficiado com o protocolo de exercício vigoroso, através da redução periférica da PA, os indivíduos hipertensos obtiveram melhores respostas, uma vez que também foi possível observar diminuição da PA central e da reflexão da onda de pulso. Além disso, os exercícios com intensidades moderadas, independentemente do volume, foram capazes de atenuar o aumento da pressão central em indivíduos hipertensos, o que poderia ser adotado como uma estratégia inicial em programas de condicionamento.
exercício, hipotensão pós-exercício, rigidez vascular, monitorização ambulatorial da pressão arterial, eletrocardiografia ambulatorial.
LIMA, Tainah de Paula. Efeitos agudos de exercício em cicloergômetro com diferentes intensidades e volumes sobre a pressão arterial, reflexão da onda de pulso e controle autonômico cardíaco em hipertensos e normotensos. 2019. 91f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.
- Programa de Pós-Graduação em Ciências da Atividade Física da Universidade Salgado de Oliveira (PPGCAF/UNIVERSO)
- Aluno: Rui Pilon Batista de Jesus
- Orientadores: Prof. Dr. Walace Monteiro e Prof. Dr. Felipe Cunha
- Dissertação de Mestrado
- 2016-2018
Métodos: A amostra foi composta por 10 sujeitos (idade: 72,9 ± 6,0 anos; massa corporal: 70,5 ± 9,9 kg, estatura: 161,1 ± 8,0 cm). O experimento foi realizado em cinco visitas ao laboratório. Na primeira visita, foram realizadas medidas antropométricas, exame clínico, anamnese e teste cardiopulmonar de exercício. Na segunda vista, foi realizado teste da carga de 10 repetições máximas (RM) para os exercícios de leg press, remada aberta na máquina, cadeira extensora, supino na máquina, cadeira flexora, desenvolvimento de ombros na máquina, cadeira adutora, e flexão de cotovelo na polia baixa. As últimas 4 visitas foram destinadas as sessões experimentais [EF: 3 séries com 10 repetições a 80% de 10RM; EA: carga em Watts ajustada para 60-65% do consumo de oxigênio de reserva (VO2R); EC: EF + EA com o custo energético total equivalente ao valor observado durante o EF, sendo metade dessas calorias dedicadas ao trabalho resistido e a outra metade ao aeróbio; controle].
Resultados: Os resultados revelaram que as sessões de exercício exibiram custo energético semelhante (126,9 kcal), mas durações diferentes (EA: 26,6 min; EC: 43,3 min; EF: 61,8 min – P < 0,001). No que diz respeito as respostas cardiorrespiratórias, observou-se que as sessões foram sustentadas a diferentes percentuais do VO2R (EF: 24%; EC: 43%; EA: 74% – P < 0,01). Por fim, o EPOC e o custo energético, foram maiores na sessão de EA em relação as sessões de EC e EF, que não se diferenciaram entre si (EA: 8 ± 2,3 L; 40,1 ± 11,7 kcal versus EC: 5,4 ± 2,3 L, 26,9 ± 11,5 kcal versus 5,6 ± 1,2 L, 28,1 ± 5,8 kcal – P < 0,001).
Conclusão: Sessões isocalóricas de EA, EC e EF, exibem diferentes durações em idosos. A natureza contínua e intermitente das atividades exerceu influência diversificada nas intensidades do esforço sustentada durante as sessões de exercício. Sessões de exercício pareadas pelo custo energético apresentam repercussões distintas no EPOC, sendo os primeiros minutos de recuperação responsáveis pelo maior impacto a favor da sessão de EA quando comparado as outras sessões investigadas. Portanto, quando o objetivo da prescrição for direcionado a obtenção de maior custo energético total (kcal dispendida durante o exercício e a recuperação), a sessão de EA deve ser preferida em idosos.
custo energético, consumo de oxigênio, frequência cardíaca, controle ponderal, idosos.
PILON, Rui. Respostas cardiorrespiratórias, custo energético e EPOC em sessões isocalóricas de exercício de força, aeróbio e concorrente em idosos. 2018. 67 f. Dissertação (Mestrado em Aspectos Ciências da Atividade Física) – Universidade Salgado de Oliveira, Rio de Janeiro, 2018.
- Laboratório de Atividade Física e Promoção da Saúde (LABSAU/UERJ)
- Aluna: Gabrielle da Silva Moreira Gomes
- Orientadores: Profa. Dra. Nádia Silva e Prof. Dr. Felipe Cunha
-
Dissertação de Mestrado
- Publicação: Appl Physiol Nutr Metab. 2019 May;44(5):477-484.
- 2016-2018
Métodos: Nove sujeitos (5 homens e 4 mulheres, com idades entre 63 e 80 anos) visitaram o laboratório para triagem clínica, avaliações antropométricas, e medida do consumo de oxigênio (VO2) de repouso e máximo. Posteriormente, os sujeitos realizaram um circuito de EC, consistindo de um único circuito alternando exercícios aeróbios e de resistência em máquinas articuladas, utilizando massa corporal como carga (total de 9 exercícios, 1-2 séries de 15 repetições). Os gases expirados foram coletados durante as sessões de exercício através de analisador metabólico portátil.
Resultados: O valor médio do custo energético observado de 169,1 kcal foi ligeiramente maior do que o valor mínimo de 150 kcal reportado nas diretrizes do ACSM (p = 0,018). Assim como o custo energético e todos os marcadores de intensidade adotados para analisar o esforço fisiológico induzido pelo circuito de EC excederam significativamente seus valores de referência para intensidade moderada [valores de referência: 3,2 METs (valor médio observado = 4,6 METs, p = 0,002); 40%VO2R (valor médio observado = 51,5%, p = 0,040); 40%FCR (valor médio observado = 64,1%, p <0,001), de acordo com as diretrizes do ACSM.
Conclusão: Uma única sessão de circuito de EC realizada nas RALs na cidade do Rio de Janeiro foi capaz de induzir um estresse fisiológico (ou seja, custo energético e intensidade) compatível com as recomendações do ACSM para obter benefícios para a saúde entre os idosos.
treinamento concorrente, treinamento em circuito, academias ao ar livre, idosos, respostas cardiorrespiratórias, gasto calórico.
GOMES, Gabrielle da Silva Moreira. Estresse fisiológico induzido por uma simples sessão de exercício combinado na Academia Rio Ar Livre: um estudo em idosos. 2018. 85 f. Dissertação (Mestrado em Aspectos Biopsicossociais do Exercício Físico) – Instituto de Educação Física e Desportos, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
- Local: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação do centro Universitário Augusto Motta (PPGCR/UNISUAM)
- Aluno: Guilherme Fonseca
- Orientação: Prof. Dr. Felipe Cunha
- Dissertação de Mestrado
- Publicação: J Strength Cond Res. 2018 Mar;32(3):857-866
- 2016-2017
Métodos: O presente estudo foi realizado em uma amostra de homens pré-hipertensos, de 20 a 40 anos. Cada indivíduo visitou o laboratório cinco vezes. Na primeira visita, os voluntários participaram de uma sessão de orientação para familiarização com equipamentos e protocolos de teste, completaram um questionário de pré-participação para risco cardiovascular, e foram submetidos a três medidas de PA para garantir que atendessem aos critérios de inclusão do estudo. Na segunda visita, medidas antropométricas foram tomadas seguidas da avaliação em repouso do consumo de oxigênio (VO2), PA e VFC durante 60 minutos (sessão controle). Na terceira visita, foi realizado o teste cardiopulmonar de exercício máximo (TCPE) em cicloergômetro para medida do VO2máx. Nas duas visitas subsequentes, os voluntários realizaram uma sessão contínua com 400 kcal (CONT) e a uma sessão acumulada dividida em 2 x 200 kcal (INTER1 e INTER2) à 75% do VO2 de reserva. A PA e o controle autonômico cardíaco foram monitorados 10 min antes e 60 min após cada sessão de exercício e controle em posição supina.
Resultados: Comparada à sessão controle, as pressões sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) diminuíram similarmente após CONT (PAS: ∆-3,4 mmHg, P < 0,001; PAM: ∆-2,5 mmHg, P = 0,001) e INTER2 (PAS: ∆-4,4 mmHg, P < 0,001; PAD: ∆-2,7 mmHg, P = 0,045; PAM: ∆-3,3 mmHg, P = 0,001). Porém, INTER2 elucidou maior hipotensão pós-exercício (HPE) do que INTER1 (PAS e PAM: ∆-2,0 e ∆-1,8 mmHg, respectivamente, P < 0,05). Concomitantemente à HPE, a atividade simpática (banda de baixa frequência, LF) e parassimpática (banda de alta frequência) aumentou (P < 0,001) e diminuiu (P < 0,001), respectivamente, a partir da linha de base, elevando o balanço simpato-vagal (razão LF:HF) (P < 0,001) que foi inversamente correlacionado ao ΔPAS e ΔPAD (r = -0,64 a -0,71; P < 0,05).
Conclusões: Sessões contínuas ou acumuladas de ciclismo pareadas pelo dispêndio energético provocam HPE de forma similar; porém, menores decréscimos de PA também foram observados após a sessão de ciclismo envolvendo menor volume de exercício (INTER1: 200 kcal). Os resultados também indicam que o padrão de recuperação do controle autonômico cardíaco pode ter um papel importante na indução da HPE.
fisiologia cardiovascular, hipotensão pós-exercício, dispêndio energético, promoção da saúde.
FONSECA, Guilherme de Freitas. Efeitos agudos de sessões isocalóricas de ciclismo realizadas de forma contínua e acumulada sobre a pressão arterial em pré-hipertensos. 95f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) – Centro Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro, 2017
- Local: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação do centro Universitário Augusto Motta (PPGCR/UNISUAM)
- Aluna: Helouane Martinho Ázara
- orientação: Prof. Dr. Felipe Cunha
- Dissertação de Mestrado
- Publicação: Int J Sports Med. 2017 Nov;38(12):890-896.
- 2015-2017
Métodos: Uma amostra heterogênea de 114 homens saudáveis, de 18 a 38 anos, se voluntariou para participar de dois estudos. Primeiro, 100 homens [baixa ACR: n = 48, VO2máx <50,0 mL•kg-1•min-1; elevada ACR: n = 52, VO2máx ≥ 50,0 mL•kg-1•min-1] visitaram o laboratório duas vezes para explorar a associação entre o VO2máx diretamente avaliado e o VO2 repouso. No segundo estudo, 14 homens realizaram uma sessão de 30 minutos de corrida a 8,0 km•h-1 (8,3 METs de acordo com o Compêndio de Atividades Físicas) para investigar o uso do MET para quantificar o dispêndio energético da corrida na esteira.
Resultados: O VO2máx teve uma forte correlação positiva com VO2 repouso (R = 0,68, P <0,001). Os valores médios observados de VO2 repouso de 3,28 (n = 100) e 3,07 (n = 14) mL•kg-1•min-1 foram significativamente inferiores ao valor padrão de 3,5 mL•kg-1•min-1 (P < 0,001 e P = 0,005, respectivamente). Quando comparado com o valor padrão, os grupos com menor ACR demonstraram valores significativamente mais baixos de VO2 em repouso de 3,06 (1ª parte do estudo: P <0,001) e 2,67 (2ª parte do estudo, P <0,001) mL•kg-1•min-1. Entretanto, não houve diferença significativa entre os valores, padrão e observado, de VO2 em repouso para os grupos com maior ACR (1ª parte do estudo: P = 0,87, 2ª parte do estudo: P = 0,78). Assim, os valores observados para a intensidade do METmáx e o dispêndio energético da corrida em esteira foram significativamente subestimados quando calculados usando o valor padrão do VO2 em repouso de 3,5 mL•kg-1•min-1 (P = 0,005 a P <0,001) apenas para os grupos com menor ACR.
Conclusão: O valor padrão do MET superestimou consideravelmente o VO2 em repouso observado em homens com ACR menor. Portanto, se faz preferível a determinação direta do VO2 de repouso para maior precisão nas aplicações acima mencionadas nesta população.
prescrição de exercício, diretrizes e recomendações, avaliação da atividade física, aptidão física, consumo de oxigênio de repouso.
ÁZARA, Helouane Martinho. Acurácia dos equivalentes metabólicos (METS) para prescrição do exercício aeróbio a partir do valor estimado e medido para 1-MET em homens saudáveis. 102f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) – Centro Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro, 2017.
- Local: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação do centro Universitário Augusto Motta (PPGCR/UNISUAM)
- Aluna: Giovanna Caruso Guimarães
- Orientação: Prof. Dr. Felipe Cunha
- Dissertação de Mestrado
- Publicação: J Strength Cond Res. 2019 Jul;33(7):1954-1962
- 2015-2017
Métodos: Trinta homens fisicamente ativos [média (mínimo-máximo): idade, 24 (18-34) anos; estatura, 181 (163-198) cm; massa corporal, 84 (59-116) kg; índice de massa corporal, 25 (20-30) kg•m-2; porcentagem de gordura corporal, 18% (9% -27%)] visitaram o laboratório três vezes para realizarem medidas antropométricas e de VO2 em repouso, e TCPEs de ciclismo e corrida. Dez homens visitaram o laboratório duas vezes mais para investigar a validade das relações entre os %FCR-%VO2R durante sessões isocalóricas de ciclismo e corrida a 75%VO2R com dispêndio energético de 400 kcal.
Resultados: O %VO2R foi significativamente menor do que o %FCR nos TCPEs, especialmente durante a corrida (P < 0,001). Durante as sessões isocalóricas de exercício, observaram-se diferenças médias entre %FCR-%VO2R de 6,5% e 7,0% para ciclismo e corrida, respectivamente (P = 0,007 a P <0,001). Os porcentuais de FCR e VO2R aumentaram ao longo do tempo (P < 0,001), cuja taxa foi influenciada pela modalidade de exercício (P < 0,001). Em média, a frequência cardíaca foi 5 (P = 0,007) e 8 (P <0,001) bat•min-1 maior que o previsto para o segundo quartil de tempo para ciclismo e corrida, respectivamente; entretanto, o VO2 observado foi menor do que o previsto em todos os quartis para o ciclismo e no primeiro quartil para a corrida. Consequentemente, o tempo para alcançar o dispêndio energético alvo foi maior do que o previsto (P < 0,01).
Conclusão: A relação entre os %FCR-%VO2R observada durante TCPEs não se transpôs com precisão para as sessões isocalóricas prolongadas de ciclismo e corrida. Além disso, as taxas de trabalho definidas pelas equações do American College of Sports Medicine para ciclismo e corrida superestimaram o VO2 e o gasto energético.
teste cardiopulmonar de exercício, intensidade, exercício isocalórico, quilocalorias.
GUIMARÃES, Giovanna Caruso. Validade das relações entre os percentuais da frequência cardíaca de reserva e consumo de oxigênio de reserva na prescrição do exercício de ciclismo e corrida. 100f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) – Centro Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro, 2017.