No Café e Ciência de hoje, o GEPrEx sumariza os principais resultados obtidos pelo estudo intitulado Exercise Training for Blood Pressure: A Systematic Review and Meta-analysis. Prepare seu café e venha conosco nesse estudo

TÍTULO:

Exercise Training for Blood Pressure: A Systematic Review and Meta-analysis

AUTORES:

Veronique A. Cornelissen       University of New England        AUSTRÁLIA
Neil A. Smart                  University of New England        AUSTRÁLIA

PERIÓDICO

Journal of the American Heart Association
Fator de Impacto: 4,45 (ano: 2014)
Qualis Capes da Área 21: A1

ANO; VOLUME (PARTE DO VOLUME): DOI

2013; 2(1): e004473; DOI: 10.1161/JAHA.112.004473

FUNDAMENTO:

Cerca de 25-43% da população americana apresenta hipertensão arterial sistêmica (HAS) e esse número tende a aumentar com o passar dos anos. Logo, diretrizes nacionais e internacionais recomendam o exercício físico como estratégia não farmacológica para prevenção primária e secundária da HAS. Por exemplo, há recomendações de Classe I e evidências de Nível B de que 150 min semanais atividade física oferece uma alternativa que pode ser usada para complementar a medicação anti-hipertensiva no controle da pressão arterial (PA). Por outro lado, os efeitos do treinamento físico podem variar de acordo com o tipo [aeróbio (ExA) vs. força (ExF) vs. isométrico (ExIso) vs. concorrente (ExC)], intensidade, duração, follow-up, e frequência semanal do exercício.

PROBLEMA:

Permanece desconhecido a melhor estratégia para prescrição do exercício físico com fins na redução da PA, bem como os seus efeitos a depender do estado de saúde dos indivíduos (normotensos vs. pré-hipertensos vs. hipertensos).

OBJETIVO:

(1) Conduzir uma metanálise de ensaios clínicos randomizados para comparar os efeitos do ExA, ExF, ExIso e ExC sobre a magnitude de mudança na PA em populações subclínicas; (2) Examinar se a magnitude da mudança na PA é diferente em relação ao sexo, idade e classificação da PA; e (3) Examinar se as magnitudes de mudança na PA são relacionadas às características metodológicas dos programas de exercícios.

HIPÓTESE:

O ExA será o tipo de exercício com maior impacto na redução da PA.

 

Foram incluídos 93 ensaios clínicos na metanálise, totalizando 153 grupos de indivíduos (ou seja, 105 ExA, 29 de ExF, 5 ExIso e 14 de ExC). Dos grupos incluídos, 47 possuía PA normal (29 do ExA, 12 do ExF, 2 do ExIso e 4 do ExC); 73 era formado por indivíduos pré-hipertensos (50 do ExA, 13 do  ExF, 2 do ExIso e 8 do ExC); e 33 grupos foram formados por indivíduos hipertensos (26 do ExA, 4 do ExF, 1 do ExIso e 2 do ExC). O tempo de intervenção do exercício variou de 4 a 52 semanas. A frequência variou de 1 a 7 vezes por semana e a intensidade variou de 35% a 95% do consumo de oxigênio máximo (VO2máx) para o ExA, entre 30% a 100% de 1 repetição máxima (1RM) para o ExF e entre 10% a 40% para o ExIso.

Figura 1. Diagrama de fluxo PRISMA. O PRISMA indica itens de relatório preferenciais para revisões sistemáticas e metanálises.

 

– As sessões de ExA, ExF, ExIso e ExC foram capazes de reduzir significativamente a PA distólica. Com exceção do ExC, as demais modalidades de exercício também reduziram a PA sistólica.

– A metanálise demonstrou um tamanho de efeito maior sobre a diminuição da PA pós-ExIso, embora este tipo de intervenção tenha apresentado maior escassez de estudos originais.

– Poucas diferenças foram observadas no tamanho do efeito entre o ExA e ExF, embora as análises sugiram que em indivíduos com HAS, o ExA é superior ao ExF e/ou ExC.

– Maiores reduções na PA pós-ExA foram observadas a partir de follow-ups de curta duração (ex.: < 24 semanas).

– Maiores decréscimos na PA sistólica foram observados em programas de ExA de intensidade moderada a alta e volume semanal ≤ 210 min.

– Coletivamente, esses achados têm implicações para prescrição do treinamento físico visando o controle da PA.

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